Entrevista com Zoravia Bettiol

 

Zoravia Bettiol [1]

Entrevista a Davi Giordano, em 10 de maio de 2017

 

Zoravia Bettiol, Filomena na Escalada do Sucesso, 1994. Fotografia de Irene Santos

 

DAVI GIORDANO: No ano passado (2016), você celebrou oitenta anos de vida e sessenta de profissão. Hoje você é reconhecida como uma das artistas brasileiras mais importantes, além de ser uma figura célebre para a história artística do Rio Grande do Sul, tendo já apresentado o seu trabalho em mais de 34 países e realizado 137 exposições individuais. Muitas foram as pessoas que já lhe entrevistaram e muitas coisas já foram escritas sobre o seu trabalho. Contudo, em geral, os jornalistas, pesquisadores e crítica especializada se interessam mais pelas suas produções ligadas às artes visuais. Para essa entrevista, vou desvendar um olhar mais sensível sobre um campo menos questionado em seu trabalho, que é a presença da Performance em suas produções artísticas. Para começar, como a Performance entrou na sua vida?

 

ZORAVIA BETTIOL: A performance para mim é fascinante. Ela é uma modalidade historicamente recente nas artes visuais que teve suas primeiras manifestações na segunda metade do século XX, nos Estados Unidos.

Na minha infância, minha família morou um tempo em Erechim [RS, Brasil] e era uma época na qual se apresentavam muitos circos na cidade e eu dividia meu entusiasmo entre as matinês circenses e cinematográficas.

Colecionava fotografias de artistas de cinema e resolvi fazer um circo no porão da minha casa. Para tanto, pegava as roupas e acessórios da minha mãe para os figurinos e usava dois lençóis para criar as cortinas do palco.

Eu dirigia o circo que apresentava números de malabarismo, equilibrismo e danças.

Sabe-se que na infância, principalmente nas dos artistas, as vivências e situações marcantes muitas vezes são transmutadas, posteriormente, em produções artísticas. Realizei, em 1967, a série de xilogravuras Circo.

 

Zoravia Bettiol, O Circo vem Aí, da série Circo, 1967

 

Zoravia Bettiol, Cadeira da Bruxa, da série Cadeiras, Pra Que Te Quero?, 2004

 

DAVI GIORDANO: A Exposição “Zoravia Bettiol – O Lírico e o Onírico”, com curadoria de Paula Ramos e Paulo Gomes, que aconteceu nos meses de outubro a dezembro de 2016 no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (em Porto Alegre), marca esse rito simbólico de retrospectiva importante em sua trajetória. A exposição contempla grande parte de sua produção com gravuras, desenhos, pinturas, arte têxtil, objetos, design de joias, moda, imagens, tapeçarias e instalações. O trabalho que me chamou mais atenção foi a sua série de fotoperformances Sentar, Sentir, Ser, que você iniciou em 2005 e terminou no ano de 2016. Você cria uma série de ações que fazemos quando esperamos algo sentados. O mais interessante é que você cria poses com bastante ironia e humor. Como surgiu a proposta dessa série de fotoperformances?

 

ZORAVIA BETTIOL: Eu sempre trabalho com séries e, como sou artista visual e designer e sou encantada por cadeiras, realizei a série Cadeiras, Pra Que Te Quero?, criando 39 cadeiras. Acredito que como uma decorrência das cadeiras, comecei a pensar: “Quantas ações fazemos no ato de sentar?”, “Quantas horas de uma vida um ser humano passa sentado?”, aproximadamente um terço de sua vida. Então resolvi criar essas ações colocando humor e ironia e algumas têm até um certo lirismo. Fiz desenhos de estudo. Ilustrei vinte e sete ações, que são aquelas que estão [na série Sentar, Sentir, Ser] da exposição que você menciona. Os títulos das imagens receberam verbos no infinitivo que são as ações como celebrar, comer, convalescer, divertir-se, embelezar-se, esperar, fofocar, magicar, namorar, politicar, rezar, trabalhar, viver…

Sentamos para fazer as refeições. Sentamos para nos locomover de ônibus, trem, carro e avião. A maioria das pessoas trabalha sentada. Grande parte das diversões são as realizadas sentado.

 

Zoravia Bettiol, Magicar, da série Sentar, Sentir, Ser, 2006. Fotografia de Daniel de Moura Rodrigues

 

Zoravia Bettiol, Governar, da série Sentar, Sentir, Ser, 2006. Fotografia de Daniel de Moura Rodrigues

 

DAVI GIORDANO: Como esse tema do humor e da ironia foram aprofundados e trabalhados por diversos ângulos?

 

ZORAVIA BETTIOL: Na ação de “Magicar”, por exemplo, eu mesclei as figuras do mágico e do palhaço. Acho que o palhaço simboliza o artista. O artista dá o melhor de si. Não interessa se está com problemas gravíssimos, ele tem a função de fazer o público refletir, divertir-se e desenvolver o senso crítico, o que muitas vezes acontece por meio do humor. Nessa imagem, junto também a figura do mágico porque acredito que a obra de arte necessita sempre do fascínio que mobiliza a racionalidade e afeta a parte emocional do espectador. O palhaço é o símbolo do artista e o mágico traz o encantamento que a arte produz.

Na ação “Governar”, o leão é mais homem do que animal. Usei esta imagem como metáfora do homem que virou fera e não o contrário.

Quanto ao meu processo criativo desta série, pensei primeiramente em uma quantidade grande de ações e acabei escolhendo vinte e sete. Depois fiquei pensando detalhadamente nas imagens destas ações e comecei a fazer os esboços e fui aprimorando a composição. Em seguida, foram feitas as fotografias, mas as minhas posições estavam duras e forçadas. Estudei as fotos e pensei como cada posição, cada gesto meu tinha de ser mais espontâneo, mais fluido e as expressões faciais bem diferenciadas.

Houve uma segunda sessão de fotos com melhor resultado e comecei a pintar os fundos e os detalhes de cada obra.

Após a pintura das 27 obras, elas foram refotografadas e ampliadas no tamanho de 59,5 x 42 cm. Resumindo, foram utilizadas a performance teatral, a fotografia, a pintura e a reprodução seriada da imagem.

 

DAVI GIORDANO: Como você busca explorar a presença do seu corpo nas fotografias?

 

ZORAVIA BETTIOL: Para fazer as fotografias, comecei a experimentar as ações. Quando tinha que fazer as posições, os gestos também tinham que estar de acordo com elas. Esta gestualidade está relacionada ao teatro. Eu sempre tive paixão por teatro e cinema. Em um primeiro ensaio fotográfico, as poses estavam muito comportadas e duras. Não gostei. Depois comecei a experimentar poses mais dinâmicas e variadas. Percebi que não adiantava só fazer as ações. Tive também que trabalhar as posturas para explorar justamente a expressão do corpo. Essas poses foram fotografadas e considero que há um registro de performance nessas imagens.

 

Zoravia Bettiol, Esperar, da série Sentar, Sentir, Ser, 2006. Fotografia de Daniel de Moura Rodrigues

 

DAVI GIORDANO: Dessa série de fotoperformances, a obra mais emblemática e simbólica em relação ao momento atual do Brasil é “Esperar”, em que você aparece sentada e envolta a uma teia de aranha com um tonel cheio de projetos artísticos criados entre 2010 e 2016. O humor é típico do seu trabalho e aparece em diversas outras obras, como, por exemplo, “O Descanso do Empresário” da série Exuberância Primaveril I. A ironia sempre foi uma forma de provocação do seu olhar sobre a realidade cotidiana e social? Em relação a essas duas obras citadas, como você vê a questão do artista diante da situação atual econômica e social do Brasil?

 

ZORAVIA BETTIOL: Eu acho que o artista, ao longo da história, é o ser que sempre produziu nas melhores e nas piores condições, na paz e na guerra. Acontece que o artista tem uma tenacidade e, às vezes, até uma obsessão de expressão e comunicação através do seu ofício. O artista tem uma chama que nada consegue combater ou extinguir, que é a pulsão de vida. E o que me inspira? É a própria vida. Um mês antes da minha retrospectiva, eu fiz outra exposição, “Opressão e Libertação: O Eterno Confronto”, com quarenta e uma obras. Criei cinco obras novas ligadas ao momento político atual porque as loucuras de nosso país me impulsionaram que eu fizesse essa série. Em qualquer latitude, subsistir economicamente só com arte, como é o meu caso, é bastante difícil e requer mais trabalho e concentração. Procuro estar, como cidadã, sintonizada com o que está acontecendo diariamente. Escolhi a obra “Rezar” e a usei para criar meu cartão virtual de ano novo com o texto do cartunista Santiago para criticar a política nos âmbitos internacional, nacional, estadual e municipal. Inclusive criei esse cartão virtual de ano novo com humor para  desmoralizar os políticos do atual governo.

Durante muitos anos, achei que a minha arte e a minha vida se desenvolviam paralelamente. Hoje vejo que arte e vida são entrelaçadas, imbricadas. Não tem como separá-las. O meu corpo serviu de suporte para as fotografias da série Sentar, Sentir, Ser. Eu também uso o meu corpo para usar minhas criações de joias, ornatos têxteis, como os headresses e indumentárias relacionadas ao teatro e ao carnaval.

 

DAVI GIORDANO: Seria interessante que você comentasse como trabalha o corpo como suporte para valorizar as roupas, objetos e joias que você costuma criar na sua linha de moda.

 

ZORAVIA BETTIOL: Ao criar objetos, joias e roupas, eu gosto de trabalhar com a possibilidade da transformação. Fiz, por exemplo, as joias da Coleção Brasília e depois fiz a coleção de ornatos têxteis da série Oxumaré. A minha filha, Nora Prado, costuma posar para as minhas produções de moda. Ela é atriz e começou a trabalhar no teatro com dezesseis anos e é uma ótima modelo. Eu gosto de mostrar, em duas ou três fotografias diferentes, a possibilidade de uso de um mesmo ornato. Um mesmo cinto, por exemplo, pode ser usado como colar. Penso que a fotografia funciona como um registro que o artista precisa ter para vender e divulgar o seu trabalho.

 

Zoravia Bettiol, Filomena e o Impeachment de Collor, 1992. Arquivo pessoal da artista

 

Zoravia Bettiol, Filomena Organiza Votação, 2005. Fotografia de Irene Santos

 

Zoravia Bettiol, Filomena: da Amazônia a Porto Alegre. Fotografia de Kátia Schaffer

 

DAVI GIORDANO: No campo da performance, você criou a personagem Filomena que, junto com sua arara Tremelinda, se apresentam em museus, eventos culturais e espaços públicos para criar conversas e interações com diferentes públicos e transeuntes sobre assuntos ambientais com bastante humor, ironia, irreverência e teatralidade. A personagem age de forma politicamente incorreta, uma vez que a ironia é usada justamente para criticar os diversos assuntos de forma lúdica e criativa.

A personagem foi criada em 1989 e segue até hoje. Seria interessante que você comentasse um pouco sobre a história dessa personagem e dessas performances que vem realizando.

 

ZORAVIA BETTIOL: Criei a personagem Filomena quando participei de um curso sobre utilização de fibras naturais ministrado pela artista canadense Inese Birstins, no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, em 1989. No curso, aprendi a fazer feltro e fiz algumas esculturas com essa técnica. Fiz também uma peruca com lã natural que é empregada para se fazer feltro.

No ultimo dia do curso, resolvi fazer uma performance, As Realizações de Filomena, para homenagear a Inese, e utilizei a peruca para caracterizar a personagem e as esculturas em feltro. Utilizei cartazes, mímica, música do Nino Rota e criticava a mulher do lar e o imediatismo do artista para obter sucesso sem trabalhar. Utilizei o humor, a dança e a performance durou oito minutos.

Apresentei essa performance na Universidade Federal do Paraná e também no Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Depois, em 1992, fiz Filomena e o Impeachment de Collor, em que a personagem usava uma peruca verde e amarela e vestia uma espécie de avental com texto pintado sobre as denúncias e os abusos do governo Collor. Fui para a rua com outros artistas e intelectuais durante a época do seu impedimento. Depois surgiu Filomena na Escalada do Sucesso, que realizei no Santander Cultural, em Porto Alegre, em 2004. Nela, a minha personagem deseja ser uma artista famosa. Porém, ela era tão superficial que o sucesso dela é pequeno também. Mais adiante, numa outra perspectiva, no projeto organizado pela Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa (Ass. Chico Lisboa), criei o Filomena Organiza Votação, em que ela pede aos transeuntes que votem para que se eleja a maior anta do Brasil. Ela oferecia prêmios e férias com paraísos fiscais patrocinadas pelo corrupto Marcos Valério. Apresentei essa performance quatro vezes durante a quinta Bienal de Artes Visuais do Mercosul, em 2005, em Porto Alegre. Já em 2008, criei O Buffet de Filomena, que integrou o evento “Essa Poa é Boa”, em Porto Alegre, que aconteceu na abertura do evento no DC Navegantes e depois no parque Farroupilha, juntamente com outros colegas também caracterizados com perucas, avental e bandejas. O cardápio, com os nomes das bebidas e comidas, se referia a políticos brasileiros safados e corruptos. Por último, comecei a desenvolver a série Filomena e a Ecologia. A primeira Filomena foi Da Amazônia a Porto Alegre, em que Filomena assume uma figura politicamente incorreta semelhante aos grileiros, madeireiros e políticos corruptos, ao dizer que o “progresso” invadiu a Amazônia. Depois, na segunda variação, De Brasília a Porto Alegre, Filomena vem ao sul do Brasil para propor soluções ecológicas mirabolantes. Ela se tornou amiga dos políticos de Brasília e propõe coisas absurdas para o público. Nessa performance, o humor também é trabalhado com a presença da arara Tremelinda. Uso a Tremelinda como um contraponto. Ela é o Superego da Filomena, que completa, nesse ano, 28 anos de sua criação.

 

DAVI GIORDANO: Quando você realiza suas performances na rua e em espaços públicos, como costuma ser a reação do seu público?

 

ZORAVIA BETTIOL: A rua é sempre um espaço interessante para trabalhar. O que mais gosto de observar na rua é ver a reação das pessoas. Você tem que estar preparado para todo tipo de reação. É preciso ter muita atenção, sensibilidade e disponibilidade. Costumo fazer intervenções de no máximo quinze minutos. Antes fazia só cinco ou oito minutos. Para mim, é muito difícil trabalhar o humor. Se me pedem para fazer uma performance, eu preciso saber muito bem qual é o objetivo. Preciso sempre analisar em que circunstâncias, local, público etc. Se acho que não conseguirei, declino do convite.

 

DAVI GIORDANO: Além de artista, você é também conhecida como uma grande referência na área da Arte-Educação. Você poderia comentar um pouco sobre como aproxima a sua atividade de criação com a pedagogia e a experimentação do ensino da arte?

 

ZORAVIA BETTIOL: Eu sou arte-educadora. Isso está muito presente no meu dia a dia. Tudo isso começou na minha infância quando, espontaneamente e por decisão própria, ensinei mais de uma empregada doméstica da minha família a ler e escrever. Por outro lado, na minha família, há muitos professores, portanto, acho que já trago a didática no sangue. Sempre gostei de dar aulas. Eu não gosto de ministrar cursos rápidos. Prefiro ministrar um curso que tenha a duração de um ano, com uma aula por semana e atividades para os alunos desenvolverem em casa também. Assim acho possível a pessoa se aprofundar mais. Eu tenho um rigor em meu trabalho. Sou exigente e quero que o outro progrida e que ele seja exigente consigo mesmo. Importante que haja um comprometimento de ambas as partes. Contudo, acredito que a pedagogia deve ser leve e não pesada. Isso acho sempre um grande desafio. Na minha visão, o artista-orientador é sempre um meio. A finalidade é que cada um se encontre e descubra quem é e consiga se expressar. Eu não quero ter pessoas que imitem meu trabalho. O mestre abre caminhos e cada um segue sua própria trajetória. No ano passado, fui a artista homenageada na Escola Projeto em Porto Alegre. Os alunos desde dois anos até os mais velhos estudaram e recriaram as minhas obras. Às vezes eu passo pela rua e uma criança grita “Zoravia”. É importante que os alunos estudem e conheçam a obra dos artistas, pois a arte é um meio muito forte na educação e na formação de cidadãos mais sensíveis, críticos e corajosos.

 

DAVI GIORDANO: Se você tivesse que fazer uma revisão de suas memórias, sendo uma artista com muita maturidade e trajetória de vida e de profissão, quais são as orientações que você daria para a nova geração de artistas?

 

ZORAVIA BETTIOL: Eu sempre soube que um bom profissional é aquele que dá o seu sangue. Para ser artista, tem que estudar e pesquisar muito ao longo de sua vida. Isso é algo ininterrupto. Além disso, é importante acreditar muito no seu trabalho e no que você tem para expressar. Outra coisa importante é que cada artista tem que pensar como criar o seu público. Primeiro, minha família começou a comprar os meus trabalhos. Depois os meus amigos começaram a comprar e depois o grande público. Eu não sei como criar um mercado. As coisas foram se ampliando naturalmente, pois nunca deixei de fazer arte e isso já dura sessenta anos. Agora veja que o exemplo da Escola Projeto me colocou em contato com as crianças que serão a nova geração de público e espectadores de arte. Muitas crianças me disseram: “Minha mãe, meu pai, meu avô e minha avó conhecem e têm o seu trabalho.” Então agora está vindo uma terceira geração que acompanha o meu trabalho. A última coisa que gostaria de transmitir para os novos artistas, e que vale também para qualquer profissional, é algo que digo sempre para os meus alunos. Mesmo quando tudo estiver ótimo em sua vida profissional, não se ache o rei ou a rainha da cocada. E nem quando tudo está ruim, não se ache um coitado ou fracassado. Sempre há altos e baixos. Para a tua saúde mental, fique no meio, porque o equilíbrio é fundamental para se ter uma vida feliz que inclua projetos pessoais e projetos voluntários coletivos.

 

 

NOTA

[1] Zoravia Bettiol (Porto Alegre, RS, 1935) é artista visual, performer, curadora, arte-educadora e ativista política com oitenta anos de vida e sessenta anos dedicados à profissão. Sendo conhecida como uma das personalidades culturais mais importantes do país, principalmente do Rio Grande do Sul, a artista possui uma produção vasta que transita por diferentes linguagens, como gravura, desenhos, pinturas, arte têxtil, objetos, design de joias e cadeiras, performances, instalações e murais. O seu trabalho já foi apresentado em mais de 34 países, tendo realizado 137 exposições individuais pela América do Sul, Estados Unidos, Europa e Japão.

 

 

PARA CITAR ESTE TEXTO

GIORDANO, Davi. “Entrevista com Zoravia Bettiol”. eRevista Performatus, Inhumas, ano 5, n. 18, jul. 2017. ISSN: 2316-8102.

 

Revisão ortográfica de Marcio Honorio de Godoy

Edição de Da Mata

© 2017 eRevista Performatus e o autor

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