[Foi assinado em junho de 1988 no apartamento de Veronica Vera na cidade de Nova York e publicado em: SPRINKLE, Annie. Annie Sprinkle: Post-Porn Modernist: My 25 Years as a Multi-media Whore. São Francisco: Cleis Press, 1998.]
Um manifesto positivo e anticensura em um momento em que a pandemia e a histeria do HIV/AIDS impulsionavam os discursos em torno das representações da sexualidade, “O Manifesto Modernista Pós-Pornô” surgiu nas sombras da Meese Commission Report on Pornography do governo Reagan, o mesmo silêncio mortal desse governo sobre o HIV/AIDS e a aliança impiedosa entre os evangélicos de direita e as feministas antipornô que levaram muitos dos debates em torno da pornografia na década de 1980.
Que seja do conhecimento de todos ao ler estas palavras, ou ao testemunharem estes eventos, que uma nova tomada de consciência surgiu sobre a terra. Nós do Pós-Pornográfico Modernista encaramos o desafio da Era do Látex através do reconhecimento deste momento em nossa evolução sexual pessoal e na evolução sexual do planeta.
Nós compreendemos nossas genitais como parte sem separação dos nossos espíritos.
Nós utilizamos palavras explicitamente sexuais, imagens, performances para comunicar ideias e emoções.
Nós denunciamos censura sexual como antiarte e desumana.
Nós nos fortalecemos através desta atitude de otimismo sexual.
E com este amor pelos nossos seres sexuais nós nos divertimos, curamos o mundo e o suportamos.
PARA CITAR ESTA PUBLICAÇÃO
SPRINKLE, Annie; VERA, Veronica [et al.]. “ O Manifesto Pós-Pornográfico Modernista (Estados Unidos, 1989)”. eRevista Performatus, Inhumas, ano 5, n. 17, jan. 2017. ISSN: 2316-8102.
Tradução do inglês para o português de Julia Pelison
Revisão ortográfica de Marcio Honorio de Godoy
Edição de Da Mata
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