Anatole de Montaiglon: “Henri de Gissey de Paris”

 

 

Anatole de Montaiglon nos propõe um olhar para além do palco, para que possamos encontrar, em Henri de Gissey, através de seus cenários e figurinos, um elemento importante à reconstituição da iconografia do Grand Siècle. Ao traçar o percurso desse artista, Montaiglon apresenta novas perspectivas aos seus contemporâneos, para que Gissey seja revisto; a sua existência histórica foi tão pouco duradoura quanto as obras que produziu. Esse historiador da arte se empreende na difícil tarefa de restituição da trajetória da vida de um indivíduo, o qual foi desenhista ordinário dos balés e divertimentos do Rei. Através da renovação de uma cultura de nomes e obras de velhos mestres franceses, o autor procura recompor e, por vezes, decompor – para que lhe seja possível compreender as informações que lhe forneçam as fontes literárias, nem sempre precisas, onde até mesmo o nome do artista sofre inúmeras variações – a biografia de Henri de Gissey, artista responsável pela criação da indumentária ícone do Rei Luís XIV no Ballet de la Nuit (1653). Assume-a ao molde vasariano de fazer história da arte. No entanto, cabe notar que o trabalho de Montaiglon procura levantar um exaustivo conjunto de referências em seu texto, a fim de embasar o melhor possível das etapas do desenvolvimento artístico de Gissey, sem, contudo, arriscar em avaliações estéticas dos trabalhos desse artista.

 

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